
Participação popular na elaboração de políticas públicas: lições globais e o desafio brasileiro
A participação popular na elaboração de políticas públicas é uma peça fundamental para fortalecer a democracia e promover o bem-estar social.
Vivemos em um mundo que se move a passos largos em termos de evolução tecnológica, social e ambiental. Todavia, parece que a política, como a conhecemos, continua a evoluir a passos de formiga. Com a sociedade se tornando cada vez mais consciente e exigente, a construção de uma nova política, focada em projetos e não em políticos, se torna uma necessidade emergente.
Em meio à atmosfera de desilusão que permeia a política contemporânea, é cada vez mais evidente a necessidade de se construir uma nova forma de fazer política. Uma política que abandone o culto à personalidade, e que, em vez disso, se concentre nos projetos que beneficiem diretamente a sociedade. Esta é uma mudança que precisa ser fomentada não apenas nos corredores do poder, mas também na mente e no coração de cada cidadão.
Primeiramente, é preciso entender a necessidade de priorizar projetos em vez de políticos. Historicamente, muitos eleitores têm votado com base na personalidade e no carisma dos candidatos, e não necessariamente nas propostas que eles apresentam. Isto tem resultado em uma política baseada mais na imagem do que na substância. No entanto, as figuras públicas são transitórias, e suas promessas, muitas vezes, vazias. Projetos políticos, por outro lado, têm a capacidade de gerar mudanças duradouras, criando estruturas que perduram para além dos mandatos individuais.
Isso não significa que o caráter e a integridade de um político não importam; eles são, de fato, fundamentais. Mas esses aspectos não devem ofuscar a importância dos projetos e ações. Precisamos de líderes comprometidos com projetos que atendam às necessidades da população e que possam demonstrar resultados concretos.
Neste novo modelo político, partidos e políticos seriam incentivados a desenvolver e promover projetos tangíveis e impactantes para a sociedade. Isso poderia envolver, por exemplo, planos detalhados para melhoria da educação, saúde, infraestrutura, segurança, entre outros. A ideia central é que, ao votar, os eleitores estejam escolhendo um projeto para o país ou a comunidade, e não apenas um indivíduo.
Além disso, a avaliação de desempenho dos políticos seria mais centrada em quão bem eles conseguem implementar e gerir esses projetos. Isso evitaria a perpetuação do populismo e das promessas vazias, dando lugar a uma política mais eficiente e focada na solução dos problemas da sociedade.
No entanto, para que isso se torne realidade, é necessário um grande esforço educacional. Os cidadãos devem ser ensinados sobre como a política realmente funciona e incentivados a se envolverem ativamente no processo político. Isso inclui aprender a avaliar criticamente as propostas políticas e a entender o impacto que elas têm na vida cotidiana.
A participação ativa da sociedade é outro pilar fundamental nesta construção. Isso pode ser fomentado por meio de consultas públicas, fóruns de discussão e ferramentas de democracia digital, onde a população tem a oportunidade de contribuir com ideias, sugestões e críticas aos projetos políticos propostos.
Neste cenário, os políticos têm um novo papel: eles se tornam gestores desses projetos, sendo avaliados com base em sua eficiência, competência e integridade na condução dos mesmos. A era dos políticos como celebridades, populistas ou salvadores da pátria dá lugar à era dos políticos como gerentes e facilitadores, dedicados a transformar projetos em realidade.
Construir essa nova política é um desafio e tanto. No entanto, é um desafio que vale a pena enfrentar. Afinal, uma política focada em projetos, em vez de personalidades, tem o potencial de criar uma sociedade mais justa, equitativa e próspera, onde o bem comum é realmente o objetivo principal.
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